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8 de Março de 2019 às 12:57

No Dia da Mulher, Sinergia-MS protesta contra demissões de mulheres após licença-maternidade

Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sinergia-MS fez um protesto contra as demissões de mulheres após a licença-maternidade que vem sendo feitas pela Energisa-MS. A ação ocorreu em frente ao Centro Operacional da concessionária, em Campo Grande.

A manifestação contou com a presença de integrantes do Teatro Imaginário Maracangalha que representaram mulheres e homens grávidos e com crianças de colo para chamar atenção para o preconceito da empresa justamente em um momento que interfere na vida de trabalhadores e, principalmente, das trabalhadoras do setor elétrico.

Durante o protesto, dirigentes sindicais distribuíram material informativo cobrando o respeito aos direitos da mulher, em especial daquelas que decidem ter filhos. Segundo a diretora do Sinergia-MS, Alicéia Alves Araújo, as demissões provocam um sentimento de insegurança e medo durante o período de gestação.

“É preciso mais respeito desde o acolhimento dessa mulher no setor de trabalho, desde a compreensão do seu gestor de que ela está numa fase especial da vida, está num momento delicado, tanto emocionalmente quanto a parte fisiológica. A questão da demissão é um ato final, mas tem todo um processo de nove meses que a gente vem presenciando”, relata.

De acordo com a diretora de finanças do Sinergia-MS, Elizete de Almeida, a empresa não tem responsabilidade social, não é solidária com essas mulheres. “Algumas empresas tem as boas práticas de manter creche ou permitir que as mães levem as suas crianças para o trabalho, onde elas podem visitar durante o período de trabalho, porque a Energisa está indo na contramão de tudo isso? Nós estamos vivendo um retrocesso”, critica.

 

Direitos

Entre os direitos previstos na legislação trabalhista estão: gravidez não pode ser motivo para demissão ou não contratação; se a trabalhadora for demitida e estiver grávida, mesmo que não tivesse conhecimento, tem direito à reintegração ou à indenização; mães podem fazer duas pausas de meia hora para amamentar até que os filhos completem seis meses.

A lei trabalhista garante licença-maternidade de, no mínimo, 120 dias (quatro meses) e prevê estabilidade no emprego por cinco meses após o parto. O Sinergia-MS conquistou, por meio do acordo coletivo, uma licença-maternidade de seis meses. O problema é que o sindicato vem acompanhando casos em que, após esse período, a mulher retorna ao trabalho e é demitida.

“Uma empresa que almeja ser destaque nacional e está indo na contramão da valorização da mulher, isso precisa mudar. O setor elétrico é um setor muito machista, muito masculinizado e a gente não poderia deixar em branco, precisávamos nos manifestar. Não conseguimos impedir a demissão das nossas colegas, mas a gente vai lutar até o fim, protestando e conscientizando”, enfatiza Alicéia.

Para o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas, hoje é um dia de reflexão e de luta pela valorização das mulheres. “Nós já presenciamos mulheres que ficaram grávidas e estão preocupadas, chorando. Esse problema não é só da mulher, a gravidez é da mulher e do homem. E, principalmente nesse momento, a mulher tem sido muito atacada, nós temos aí o projeto de reforma da previdência onde a mulher é mais prejudicada que o homem, como sempre. Toda reforma, toda retirada de direito acaba atacando muito mais as mulheres. Hoje é um dia de reflexão, é um dia de luta para que as mulheres tenham direitos iguais”.

 

A diretora do sindicato, Maria Angela da Silva, defende o direito da mulher ter uma gravidez tranquila e acredita que a trabalhadora pode retornar ao trabalho com desempenho ainda melhor. “A gente entende que a mulher, mãe, tem muito mais capacidade de continuar na empresa, tem muito mais a dar para a empresa, tem uma responsabilidade muito maior na vida, que é criar uma criança, se a pessoa tem essa responsabilidade, ela vai ter uma responsabilidade muito maior com o serviço que ela exerce”.

O desenvolvimento de novas aptidões após a maternidade também é apontado pela diretora Elizete Almeida. “Eu tive três filhos trabalhando dentro da empresa e percebi que, após a maternidade, desenvolvi aptidões que desconhecia ter. A sua responsabilidade aumenta, o fato de cuidar de outra pessoa. A maternidade ao contrário, não atrapalhou em nada, simplesmente me proporcionou muito mais responsabilidade dentro da empresa”, avalia.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

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